O que está por vir?

Come­ça hoje, de acor­do com o calen­dá­rio litúr­gi­co cris­tão, o ciclo de Natal, que mes­cla expec­ta­ti­va e cele­bra­ção pelo nas­ci­men­to do Sal­va­dor. O pri­mei­ro perío­do do ciclo de Natal é deno­mi­na­do Adven­to, um tem­po de pre­pa­ro e expec­ta­ti­va por Aque­le que “há de vir”.

Esse tem­po de refle­xão nos aju­da a ava­li­ar nos­sa cami­nha­da e prin­ci­pal­men­te nos­sas expec­ta­ti­vas em rela­ção às coi­sas futu­ras e a tudo que ain­da está por acon­te­cer em nos­sas vidas. Cer­ta vez, apren­di com a Pas­to­ra Lau­ra que, quan­to mai­o­res forem nos­sas expec­ta­ti­vas, mai­o­res pode­rão ser nos­sas frus­tra­ções. Ou seja, quan­do cri­a­mos mui­tas expec­ta­ti­vas sobre o que vai acon­te­cer, em qual­quer área de nos­sas vidas, se tais expec­ta­ti­vas não forem alcan­ça­das, nós nos frus­tra­re­mos na mes­ma medi­da com que ansi­a­mos para que elas se concretizassem.

Mas então não deve­mos cri­ar expec­ta­ti­vas em rela­ção a nada? Mes­mo que a res­pos­ta fos­se sim, isso seria impos­sí­vel, pois sem­pre esta­mos espe­ran­do por algu­ma coi­sa. Mas, então, o que fazer? O pri­mei­ro con­se­lho que nos fica é não cri­ar­mos expec­ta­ti­vas que pos­sam gerar frus­tra­ções que não tenha­mos con­di­ções de admi­nis­trar. Mui­tas pes­so­as se frus­tram com a vida e dei­xam de sonhar, de espe­rar. O segun­do con­se­lho é que todos nós pre­ci­sa­mos sonhar, pre­ci­sa­mos espe­rar por algo que está por vir. Se pen­sar­mos ape­nas no coti­di­a­no, nos­sa vida será mui­to limi­ta­da. Pre­ci­sa­mos pen­sar no ama­nhã, sem nos esque­cer­mos de que quem cui­da do futu­ro, em pri­mei­ro lugar, é o Senhor.

O ter­cei­ro con­se­lho que nos fica é que todas as nos­sas expec­ta­ti­vas devem estar pau­ta­das nos prin­cí­pi­os divi­nos. Em Roma­nos 5:5, a Pala­vra de Deus nos afir­ma: “Ora, a espe­ran­ça não con­fun­de, por­que o amor de Deus é der­ra­ma­do em nos­so cora­ção pelo Espí­ri­to San­to, que nos foi outor­ga­do”. Ou seja, deve­mos ter espe­ran­ça e cri­ar expec­ta­ti­vas sobre aqui­lo que é colo­ca­do por Deus e con­fir­ma­do por Seu Espí­ri­to em nos­sos cora­ções. Assim, não fica­re­mos con­fu­sos entre o que é a nos­sa von­ta­de huma­na, que pode nos frus­trar, e o que é a von­ta­de de Deus, que sem­pre visa o nos­so bem.

Pode­mos dizer, com cer­ta mar­gem de segu­ran­ça, que é qua­se impos­sí­vel não nos frus­tra­mos duran­te nos­sa tra­je­tó­ria de vida. Con­tu­do, tais frus­tra­ções podem sim ser ame­ni­za­das, con­tro­la­das e mini­mi­za­das, quan­do apren­de­mos a espe­rar, em pri­mei­ro lugar, as coi­sas de Deus. O Senhor reve­lou a homens e mulhe­res que envi­a­ria o Mes­si­as, mas foi somen­te 600 anos depois das pri­mei­ras pre­di­ções que a pro­mes­sa se cum­priu. A expec­ta­ti­va pela vin­da do Sal­va­dor era imen­sa e atra­ves­sou mui­tas gera­ções, mas, como era uma pro­mes­sa de Deus, nin­guém se frus­trou: Jesus está entre nós!

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma pastoral,
Pr. Tia­go Valentin

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