Não existe vida sem cólicas

Quem já teve filho ou já acom­pa­nhou de per­to um bebê recém-nas­ci­do sabe o quão difí­cil são as cóli­cas que acon­te­cem nos pri­mei­ros meses de vida. Ago­ra com a recen­te expe­ri­ên­cia do nos­so segun­do filho, no caso, nos­sa filha Ali­ce, a Lau­ra, minha espo­sa, e eu temos revi­vi­do esse dra­má­ti­co e tene­bro­so tem­po das cólicas!

Como todo bom pai, entran­do em deses­pe­ro no meio da madru­ga­da sem con­se­guir dor­mir por con­ta do bebê, que tam­bém não dor­me por con­ta das cóli­cas, resol­vi fazer uma con­sul­ta na inter­net para ten­tar enten­der o que acon­te­cia com a peque­na Ali­ce (como se o fato de eu des­co­brir a cau­sa das cóli­cas pudes­se me fazer dor­mir). Pois bem, de cara já encon­trei diver­sos fóruns vir­tu­ais sobre o assun­to e tam­bém mui­tos arti­gos médi­cos escla­re­cen­do a razão das cóli­cas no recém-nascido.

Foi quan­do eu me depa­rei com uma infor­ma­ção da qual havia me esque­ci­do: a de que o sis­te­ma diges­ti­vo, em espe­ci­al os intes­ti­nos do recém-nas­ci­do, não está madu­ro quan­do do nas­ci­men­to. A cri­an­ça não nas­ce cem por cen­to for­ma­da, ou seja, todos nós nas­ce­mos incom­ple­tos. E, por con­ta des­sa for­ma­ção incom­ple­ta do sis­te­ma diges­ti­vo, o recém-nas­ci­do tem dores natu­rais e ine­vi­tá­veis ao fazer a diges­tão do ali­men­to (no caso deles, o lei­te). Em outras pala­vras, as cóli­cas no recém-nas­ci­do são natu­rais e não há qua­se nada que pos­sa ser fei­to para ame­ni­zá-las. Como eu dis­se, a infor­ma­ção não me aju­dou em nada a dor­mir em paz! Mas, final­men­te, achei uma boa notí­cia: as cóli­cas vão aca­bar. Só que ape­nas depois de três meses. O quê? Três meses?

Foi quan­do sen­ti cla­ra­men­te o Senhor falan­do ao meu cora­ção: “Não exis­te vida sem cóli­cas!”. Deus, em Sua extre­ma sabe­do­ria, nos cri­ou incom­ple­tos e, ao mes­mo tem­po, capa­zes de supor­tar dores e sofri­men­tos. Na ver­da­de, nun­ca esta­re­mos com­ple­tos ou fina­li­za­dos, pois Deus sem­pre terá coi­sas e áre­as da nos­sa vida a tra­tar, cor­ri­gir e aper­fei­ço­ar. Além dis­so, sem­pre tere­mos de enfren­tar desa­fi­os, pois a úni­ca for­ma de fugir deles é não estan­do vivos. O recém-nas­ci­do, para con­ti­nu­ar viven­do e che­gar ao seu quar­to mês, terá de enfren­tar os três pri­mei­ros e todas as cóli­cas que “vêm” com eles.

Mui­tas vezes, é no vale da som­bra da mor­te que per­ce­be­mos o quan­to somos frá­geis e incom­ple­tos e nos depa­ra­mos com nos­sa total depen­dên­cia de Deus. É Ele quem segu­ra fir­me nos­sa mão e nos diz, com amor e gra­ça: “As cóli­cas vão pas­sar! As lutas, as vicis­si­tu­des e os vales som­bri­os sem­pre terão um fim!”.

Creia que o Senhor é conos­co o tem­po todo. Mes­mo na alta madru­ga­da, Ele é o nos­so pas­tor e nada nos faltará.

Pr Tiago Valentim

Do pai e pastor,
Rev. Tia­go Valentin

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