Hoje Deus quer falar contigo

O pro­fes­sor ouviu um ruí­do e foi olhar. No chão esta­va o Mar­qui­nhos, filho do vizi­nho, que tinha caí­do da varan­da e san­gra­va pro­fu­sa­men­te. Mes­mo sen­do uma pes­soa de ida­de, tomou o meni­no nos bra­ços e come­çou a cor­rer deses­pe­ra­do para o hos­pi­tal a pou­cas qua­dras. No cami­nho, vinha des­cen­do a ladei­ra uma senho­ra que, ao vê-lo esba­fo­ri­do, gritou:

- “Cal­ma, pro­fes­sor… vai dar tudo cer­to. Não se apres­se tan­to. Deus vai aju­dar… e o senhor já não tem ida­de para cor­rer assim com uma cri­an­ça no colo!”

Ela então se apro­xi­mou e, em pâni­co, cons­ta­tou: “Ai, meu Deus, é meu neti­nho! Cor­re, pro­fes­sor, cor­re, pelo amor de Deus.”

Essa peque­na his­tó­ria, ver­da­dei­ra, nos faz pen­sar como tra­ta­mos de for­ma dife­ren­te aqui­lo que é “nos­so” e aqui­lo que é dos outros ou de Deus.

Quan­do se tra­ta de resol­ver assun­tos do Rei­no, assun­tos que dizem res­pei­to à urgên­cia de evan­ge­li­zar, à urgên­cia das coi­sa do Senhor e de sua Igre­ja, por­ta­mo-nos mui­tas vezes como aque­la senho­ra – de manei­ra cal­ma, tranqüi­la, sem pres­sa, “se der faz, se não der tudo bem”, pode-se che­gar atra­sa­do aos tra­ba­lhos da igre­ja, pois não há “des­con­to” por atra­so, pode-se fazer a nos­sa pro­gra­ma­ção de vida, e se sobrar tem­po aí vere­mos o que é de Deus, pode-se ausen­tar por um lon­go tem­po da igre­ja… Mui­tas vezes, tam­bém, só damos impor­tân­cia ao tra­ba­lho que “eu” este­ja envol­vi­do, e os que não estou… não tenho nenhu­ma obri­ga­ção. Tudo é na base do – “cal­ma, pro­fes­sor, calma”.

Por outro lado, quan­do se tra­ta de resol­ver assun­tos de nos­so inte­res­se, de nos­so agra­do, que envol­va a minha famí­lia, o meu ganha-pão, a minha qua­li­da­de de vida… aí é “cor­re, pro­fes­sor, corre”.

Pr. Daniel Rocha

Pr. Dani­el Rocha

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