Família: lugar de Deus

Faça­mos o homem à nos­sa ima­gem, con­for­me a nos­sa seme­lhan­ça; tenha ele domí­nio sobre os pei­xes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os ani­mais domés­ti­cos, sobre toda a ter­ra e sobre todos os rép­teis que ras­te­jam pela ter­ra” (Gn 1:26).

Deus tem pra­zer em se rela­ci­o­nar conos­co e é na comu­nhão que viven­ci­a­mos nos­sa fé. Deus pode falar conos­co de mui­tas manei­ras, mas Ele tem pra­zer em usar Seus filhos e filhas para sus­sur­rar em nos­sos ouvi­dos que temos valor e que nos­sa vida é pre­ci­o­sa. Ele pode nos tocar sobre­na­tu­ral­men­te, mas nada se com­pa­ra a um abra­ço sin­ce­ro, puro e cheio de cari­nho de um(a) amigo(a). Deus pode nos cor­ri­gir e, se qui­ser, pode ful­mi­nar nos­sa vida num pis­car de olhos. Mas Ele nos dis­ci­pli­na expres­san­do Seu amor por meio da adver­tên­cia de alguém mais velho e mais expe­ri­en­te, que tam­bém nos ame.

Deus usa todos os espa­ços e pos­si­bi­li­da­des em que haja inte­ra­ção entre as pes­so­as. Isso pode se dar numa igre­ja, num orfa­na­to, num pre­sí­dio. Em qual­quer lugar onde este­jam duas ou três pes­so­as reu­ni­das em Seu nome, ali Ele esta­rá mani­fes­tan­do Sua mise­ri­cór­dia, gra­ça e amor. Na famí­lia isso não pode­ria ser dife­ren­te. Aliás, é no ambi­en­te do lar que a ação de Deus deve­ria ser mais pre­sen­ci­a­da e cons­ta­ta­da, pois suben­ten­de­mos que não há melhor lugar para Deus “ser Deus” que no seio da famí­lia, onde há expres­sões con­cre­tas de tole­rân­cia, aco­lhi­men­to e afeto.

Pode­ría­mos então pen­sar que mui­tas pes­so­as não estão expe­ri­men­tan­do o agir de Deus por não des­fru­ta­rem do pri­vi­lé­gio de ter uma famí­lia estru­tu­ra­da e har­mo­ni­o­sa. Tal­vez, inclu­si­ve, seja esse o seu caso. Dian­te de tal cons­ta­ta­ção, não pode­mos nos calar, nos omi­tir e acei­tar sucum­bir dian­te das adversidades.

O melhor de tudo é que Deus é o mai­or inte­res­sa­do em Se rela­ci­o­nar conos­co e Ele dese­ja fazer isso inclu­si­ve e espe­ci­al­men­te no seio de nos­sa famí­lia. Não pode­mos acei­tar ter uma vida agra­dá­vel com Deus na igre­ja ou em outros luga­res e, em casa, não des­fru­tar­mos da Sua pre­sen­ça. É pos­sí­vel que os sinais de mor­te e de des-gra­ça (ofus­ca­ção da Gra­ça de Deus) pre­va­le­çam sobre o pro­pó­si­to de Deus em que­rer se rela­ci­o­nar com seus filhos e filhas.

A nar­ra­ti­va de Gêne­sis é cla­ra em nos apre­sen­tar o pro­pó­si­to de Deus, que, ao cri­ar o homem e a mulher, o faz para Se rela­ci­o­nar, Se reve­lar a eles
(Gêne­sis 3:8). Mas por con­ta do peca­do den­tro da famí­lia (Gêne­sis 3), essa rela­ção foi que­bra­da e o ser huma­no pas­sou a se escon­der e se afas­tar de Deus. Mas Jesus nos recon­ci­li­ou com o Pai e nos deu esse minis­té­rio de pro­mo­ver a comu­nhão e a pre­sen­ça de Deus onde esti­ver­mos (2 Corín­ti­os 5:18).

Cris­to pre­ci­sa ser o cabe­ça em nos­sas casas (Efé­si­os 5:22–25), a pes­soa mais impor­tan­te em nos­sas famí­li­as. Somos cha­ma­dos a evi­den­ci­ar Sua pre­sen­ça em nos­sos lares para que assim nos­sa famí­lia viven­cie con­cre­ta­men­te a gra­ça e o amor de Deus.

Pr Tiago Valentim

Do ami­go e irmão,
Pr. Tia­go Valentin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.