Família da fé

Deus tem pra­zer em se rela­ci­o­nar conos­co e é na comu­nhão que viven­ci­a­mos nos­sa fé. Deus pode falar conos­co de mui­tas manei­ras, mas Ele tem pra­zer em usar Seus filhos e filhas para sus­sur­rar em nos­sos ouvi­dos que temos valor e que nos­sa vida é pre­ci­o­sa. Ele pode nos tocar sobre­na­tu­ral­men­te, mas nada se com­pa­ra a um abra­ço sin­ce­ro, puro e cheio de cari­nho de um ami­go ou ami­ga. Deus pode nos cor­ri­gir ou, se qui­ser, ful­mi­nar nos­sa vida num pis­car de olhos. Mas Ele nos dis­ci­pli­na expres­san­do Seu amor por meio da adver­tên­cia de alguém mais velho e mais expe­ri­en­te, que tam­bém nos ame.

Deus usa todos os espa­ços e pos­si­bi­li­da­des em que haja inte­ra­ção entre as pes­so­as. Isso pode se dar numa igre­ja, num orfa­na­to, num pre­sí­dio. Em qual­quer lugar onde este­jam duas ou três pes­so­as reu­ni­das em Seu nome, ali Ele esta­rá mani­fes­tan­do Sua mise­ri­cór­dia, gra­ça e amor. A famí­lia é o ambi­en­te por exce­lên­cia em que a ação de Deus deve­ria ser mais pre­sen­ci­a­da e cons­ta­ta­da. Con­tu­do, nas últi­mas cin­co déca­das, cer­ta­men­te, a ins­ti­tui­ção “famí­lia” vem sen­do uma das mais ata­ca­das, rela­ti­vi­za­das e desestruturadas.

Mui­tas pes­so­as não des­fru­tam do pri­vi­lé­gio de ter um con­ví­vio fami­li­ar sau­dá­vel, que lhes pos­si­bi­li­te uma vida ple­na e har­mo­ni­o­sa. Con­se­quen­te­men­te, a ação de Deus mui­tas vezes é sufo­ca­da no con­tex­to familiar.

Por isso, entre outros moti­vos, Deus con­ce­beu a igre­ja e a pro­je­tou para ser um espa­ço de ple­na comu­nhão, amor, ami­za­de, cum­pli­ci­da­de e par­ti­lha. Cha­ma­mos a igre­ja de famí­lia da fé, pois nela encon­tra­mos irmãos e irmãs para nos apoi­ar, pais e mães para nos acon­se­lhar, cri­an­ças para nos ale­grar, ido­sos para serem nos­sos exem­plos. Na igre­ja, cho­ra­mos com os que cho­ram e nos ale­gra­mos com os que se ale­gram. Mui­tas pes­so­as, não poden­do des­fru­tar com natu­ra­li­da­de a ação de Deus em suas famí­li­as san­guí­ne­as, aca­bam encon­tran­do na igre­ja uma famí­lia que lhes aco­lhe, pois uma das gran­des vir­tu­des da igre­ja é ser de fato uma família.

Nes­te mês de mar­ço, esta­mos cele­bran­do o 63º ani­ver­sá­rio da nos­sa comu­ni­da­de. Que pos­sa­mos cele­brar com toda ale­gria o fato de fazer­mos par­te de uma famí­lia tão aben­ço­a­da, na qual expe­ri­men­ta­mos tão inten­sa­men­te a ação de Deus por meio das vidas uns dos outros. Que nos­sas famí­li­as san­guí­ne­as pos­sam ter o Senhor como sua base prin­ci­pal, que na igre­ja pos­sa­mos cri­ar e zelar pelos laços de fé que nos unem e que Deus pos­sa mani­fes­tar Sua mise­ri­cór­dia, gra­ça e amor tan­to na famí­lia de casa quan­to na da igreja!

Pr Tiago Valentim

Do seu irmão em Cristo,
Rev. Tia­go Valentin

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