Deus não se deixa aprisionar!

Por mais que ten­tem, e por mais que quei­ram fazê-lo, Deus não está pre­so e não se dei­xa aprisionar.

Deus não está pre­so a nenhu­ma deno­mi­na­ção em par­ti­cu­lar, nem aos movi­men­tos tra­di­ci­o­nais, libe­rais, pen­te­cos­tais, e mui­to menos às novi­da­des diá­ri­as dos neopentecostais.

Deus não está pre­so a regras, man­tras, repe­ti­ções, tra­di­ções ou cor­ren­tes. Não se pode retê-lo em ima­gens, íco­nes, fitas, sal, óleo ou qual­quer outro obje­to. Nem tam­pou­co está pre­so a fra­ses de efei­to, a pala­vras de ordem, a lin­gua­gem este­re­o­ti­pa­da ou chavões.

Deus não está pre­so a decre­tos vin­dos de homens, sejam eles pas­to­res, bis­pos, papas ou após­to­los moder­nos. Tam­pou­co impor­ta se esses decre­tos foram fei­tos em tem­plos, mega­tem­plos ou cate­drais. Deus não é obri­ga­do a fazer nada por­que dizem que Ele tem de fazer. O dia­bo ten­tou, lá no deser­to, citan­do pro­mes­sas. Mas Deus não se dei­xa enre­dar por ordens de ninguém.

Não se pode enla­çar Deus atra­vés de dízi­mos ou sacri­fí­ci­os. Dinhei­ro não como­ve o Eter­no. Ele já decla­rou que é dEle todo ouro e toda a pra­ta. E o úni­co sacri­fí­cio acei­tá­vel é o de Seu Filho Jesus. Qual­quer outro sacri­fí­cio é ten­ta­ti­va espú­ria de com­prar o Seu beneplácito.

Deus não se dei­xa apri­si­o­nar por reu­niões chei­as de gri­tos, vivas e ale­lui­as. No arrai­al do povo judeu havia tudo isso, e levou medo aos filis­teus, que per­gun­ta­vam “que voz de gran­de júbi­lo é esta no acam­pa­men­to dos hebreus?”, pois pare­cia que o Senhor esta­va lá pre­sen­te. Qual nada. No dia seguin­te Isra­el sofreu ter­rí­vel der­ro­ta (1Sm 4.5–11). Sim, mul­ti­dões entu­si­as­ma­das não con­se­guem pren­der a Deus.

Deus não se dei­xa deter por músi­cas, por mais belas e bem toca­das que sejam. A Amós pediu que o povo afas­tas­se o “estré­pi­to dos cân­ti­cos” ento­a­dos (Am 5.23). As har­pas e liras não serão habi­ta­ção do Senhor, sem que antes o povo satis­fa­ça o Seu dese­jo de uma vida mais jus­ta e mise­ri­cor­di­o­sa. Mul­ti­dões can­tan­do podem ser ape­nas um gran­de baru­lho para Deus.

Não há méto­dos, nem fer­ra­men­tas, nem con­cei­tos de mar­ke­ting que podem enla­çar o Todo Pode­ro­so. Podem até dar resul­ta­do. Podem até se mul­ti­pli­car como célu­las. Mas é obra huma­na. O úni­co méto­do que Deus se detém é pela obra do Espí­ri­to Santo.

Deus não se sen­te obri­ga­do a satis­fa­zer capri­chos de seus filhos, que cada vez mais se pare­cem com cri­an­ças mima­das. Deus não tem obri­ga­ção nenhu­ma de curar nem de livrar quem quer que seja. Ele é sobe­ra­no, e se Ele faz algo é sim­ples­men­te por sua infi­ni­ta gra­ça e mise­ri­cór­dia. Deve­mos sim­ples­men­te dizer: “Se o nos­so Deus, a quem ser­vi­mos, quer livrar-nos, Ele nos livra­rá” (Dn 3.17).

Mas Deus se dei­xou pren­der ao Seu povo no Egi­to, infe­liz, opri­mi­do, e diz a Bíblia que Deus viu o seu sofri­men­to e sua afli­ção. O Todo Pode­ro­so sem­pre se detém dian­te da afli­ção de Seu povo.

À viú­va da Naim, Jesus se dei­xou deter pelo seu sofri­men­to, pela per­da de seu bem mais pre­ci­o­so. A dor faz Deus parar para ouvir nos­so cho­ro e nos dizer “não chores”.

Aos deses­pe­ran­ça­dos do cami­nho de Emaús, o Mes­tre fez men­ção de ir, mas eles insis­ti­ram: “Fica conos­co, Senhor”. E Ele ficou. Jesus sem­pre dei­xa-se ficar jun­to a quem O con­vi­da a entrar.

Ao pai cho­ro­so por sua filhi­nha à bei­ra da mor­te, à mulher com flu­xo sangüí­neo inin­ter­rup­to, Jesus pára, Jesus se detém. Pela mulher peca­do­ra pega em fla­gran­te adul­té­rio, Jesus não a aban­do­na à pró­pria sorte.

Ao cego que gri­ta­va por mise­ri­cór­dia, Jesus estan­ca sua cami­nha­da. Man­da cha­mar quem cla­ma por Seu nome. Ele jamais dei­xa de ouvir quem ape­la por misericórdia.

Não são as mul­ti­dões que vão reter a Deus, mas é o fiel humil­de que fecha a por­ta do seu quar­to, se ajo­e­lha e diz: “Fica aqui comi­go ó Pai”. A esse, os anjos do céu o cer­ca­rão, ilu­mi­na­rão aque­le quar­to e a pre­sen­ça de Cris­to pre­en­che­rá aque­le lugar.

A todos esses Jesus se dei­xa pren­der. Gra­ças a Deus!

Pr. Daniel Rocha

Pr. Dani­el Rocha

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