Deus é Pai

Aba Pai! “Pai­zi­nho” ou “pai que­ri­do”, esses são os pos­sí­veis sig­ni­fi­ca­dos da expres­são usa­da por Jesus a cami­nho da cru­ci­fi­ca­ção (Mc 14:36). Uma das pes­so­as da trin­da­de é o Pai e é assim que o Deus cri­a­dor de todas as coi­sas se apre­sen­ta, como pro­ge­ni­tor de toda a cri­a­ção. Ain­da que alguns teó­lo­gos e biblis­tas defen­dam que a figu­ra de Deus é mui­to mais mater­na do que pater­na, Deus é Pai e é com Ele que Jesus esta­be­le­ce uma rela­ção de fili­a­ção, mui­to embo­ra Deus, o Pai, tenha fei­to uso da huma­ni­da­de, fra­gi­li­da­de e pure­za de Maria, a mãe, para dar vida ao Filho.

É inte­res­san­te per­ce­ber que, na hora de mai­or dor e afli­ção Jesus não pede socor­ro a sua mãe, mas lem­bra-se do Pai. Dife­ren­te­men­te da mai­o­ria dos filhos, espe­ci­al­men­te quan­do cri­an­ças, que na hora do sufo­co só que­rem uma coi­sa: o colo da mãe. Jesus cla­ma ao Pai, chamando‑o de uma for­ma cari­nho­sa e mui­to amo­ro­sa: paizinho.

O rela­ci­o­na­men­to de Jesus com seu Pai deve ser­vir de parâ­me­tro para todo rela­ci­o­na­men­to entre pai e filho. Ao lon­go da vida de Jesus retra­ta­da nos Evan­ge­lhos, Ele por diver­sas vezes ensi­na sobre como nos rela­ci­o­nar­mos com o Pai. Ele pró­prio sem­pre se diri­ge ao Pai em ora­ção e vemos, no momen­to de Sua cru­ci­fi­ca­ção, que esse rela­ci­o­na­men­to de bus­ca e inti­mi­da­de resul­tou numa rela­ção de cari­nho e confiança.

Vive­mos numa soci­e­da­de machis­ta e mui­to lega­lis­ta, que nem sem­pre vê com bons olhos uma rela­ção de inti­mi­da­de entre dois homens. Tal pre­con­cei­to tem se acen­tu­a­do ain­da mais, por con­ta de tan­tas detur­pa­ções na área da sexu­a­li­da­de que pre­ju­di­cam ain­da mais a pos­si­bi­li­da­de de uma rela­ção entre pes­so­as do mes­mo sexo que não tenha cono­ta­ção sexual.

Quan­do a rela­ção é entre filha e pai, tal­vez as coi­sas sejam um pou­co mais fáceis. Mas nem sem­pre esse rela­ci­o­na­men­to está base­a­do em amor e cari­nho. Pode ser que não haja liber­da­de para se dar um bei­jo, um abra­ço e dizer “Eu te amo”. Entre­tan­to, quan­do olha­mos para Jesus e Seu Pai, vemos algo mara­vi­lho­so, pois esse é um rela­ci­o­na­men­to mar­ca­do pro­fun­da­men­te pelo amor. Jesus tinha uma capa­ci­da­de divi­na de amar por­que Ele havia her­da­do isso de Seu Pai e era assim que Eles se rela­ci­o­na­vam. É por con­ta do amor que Jesus sen­tia de Seu Pai que Ele ama­va as pes­so­as sem dis­tin­ção e com tan­ta intensidade.

De fato, o amor liber­ta, e quan­do esse amor é vivi­do entre um pai e seus filhos(as), todas as áre­as da vida são con­ta­gi­a­das pela gra­ça e pelo afe­to. Há inclu­si­ve pes­so­as que não con­se­guem rela­ci­o­nar-se amo­ro­sa­men­te com outras por­que não con­se­guem amar seus pais.

O Senhor nos desa­fia nes­te Dia dos Pais a expe­ri­men­tar uma cura espi­ri­tu­al, a nos liber­tar­mos de todas as amar­ras gera­das pela fal­ta de amor e con­fi­an­ça entre pais e filhos. E a úni­ca for­ma de fazer isso é aman­do. Somos desa­fi­a­dos nes­te dia a pro­cu­rar nos­so pai e, se pre­ci­so for, pedir per­dão a ele. Bei­je seu pai, abrace‑o e diga que você o ama.

Jesus res­sus­ci­tou e ven­ceu a mor­te pela for­ça do amor. Seu Pai o ama­va tan­to que, ao ter­cei­ro dia, o res­sus­ci­tou. Por con­ta des­se amor tão pode­ro­so nós tam­bém fomos ado­ta­dos por esse Pai, para ser­mos ama­dos por Ele e trans­mi­tir­mos esse amor.

Pr Tiago Valentim

Do ami­go e pastor,
Pr. Tia­go Valentin

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