Para onde vamos?

Come­ça nes­te pri­mei­ro domin­go de feve­rei­ro o ano ecle­siás­ti­co da Igre­ja Meto­dis­ta; ou seja, para a nos­sa igre­ja, hoje é o pri­mei­ro dia útil! Embo­ra este­ja­mos ini­ci­an­do um novo ano, os sonhos e pla­nos de Deus para nos­sas vidas e para nos­sa igre­ja per­ma­ne­cem os mesmos.

Para que os pro­pó­si­tos de Deus se cum­pram em nos­sa cami­nha­da minis­te­ri­al, é fun­da­men­tal que haja uni­da­de no seio da igre­ja. Nun­ca che­ga­re­mos aon­de Deus dese­ja que che­gue­mos se cada um for para um lado. Con­for­me o evan­ge­lis­ta João, o mun­do só vai crer na men­sa­gem e na obra de Jesus quan­do for­mos um só (João 17:21), quan­do tiver­mos união, quan­do hou­ver uni­da­de na igreja.

Ter uni­da­de não impli­ca fal­ta de espa­ço para diver­gir e ques­ti­o­nar, mas, aci­ma das nos­sas opi­niões con­trá­ri­as ou dís­pa­res, deve haver algo mai­or que nos una: o amor de Deus e o dese­jo de ser­vi-Lo. Pode­mos pen­sar e, prin­ci­pal­men­te, deve­mos dar liber­da­de para as pes­so­as pen­sa­rem. Como diz a máxi­ma meto­dis­ta, “pen­sa­mos e dei­xa­mos pen­sar”, mas nos­sa men­te deve ficar cati­va da von­ta­de de Deus.

Uma das bele­zas da igre­ja é a sua diver­si­da­de; ela é um espa­ço de todos(as) e para todos(as). Con­tu­do, se cada um fizer o que acha melhor para si ou para a cami­nha­da da igre­ja, difi­cil­men­te che­ga­re­mos a algum lugar. De fato, a uni­da­de deter­mi­na e qua­li­fi­ca nos­so tes­te­mu­nho e nos­sa ação mis­si­o­ná­ria no mun­do; pre­ci­sa­mos estar uni­dos nas nos­sas ora­ções, ações e con­tri­bui­ções, e focar numa úni­ca visão.

Vári­as pas­sa­gens da Bíblia nos rela­tam que Deus con­ce­deu aos homens visões do que Ele dese­ja para o Seu povo, no pre­sen­te ou no futu­ro. Um pro­vér­bio con­ti­do na Bíblia nos mos­tra tam­bém que, quan­do não há uma dire­ção cla­ra, o povo pere­ce: “Não haven­do sábia dire­ção, cai o povo” (Pv 11:14a). Ou seja, a dire­ção para onde deve­mos cami­nhar deve ficar cla­ra para todos e todas.

E é no Novo Tes­ta­men­to que encon­tra­mos a visão uni­ver­sal e defi­ni­ti­va para a igre­ja: o Rei­no de Deus. A Igre­ja Meto­dis­ta, em espe­ci­al, rea­fir­ma seu com­pro­mis­so em sina­li­zar e con­cre­ti­zar “o Rei­no de Deus na Ter­ra”, con­for­me afir­mam vári­os de seus docu­men­tos, entre os quais o Pla­no para a Vida e a Mis­são da Igre­ja. Por­tan­to, a visão de Deus para a igre­ja de Cris­to, para a Igre­ja Meto­dis­ta e para nos­sa comu­ni­da­de local já está defi­ni­da há mais de 2.000 anos: temos de, em uni­da­de, empre­gar todos os esfor­ços para que o Rei­no de Deus se tor­ne uma realidade!

O Rei­no de Deus é o sonho do Senhor para toda a Cri­a­ção, um tem­po e um espa­ço de ple­na paz, jus­ti­ça e ale­gria. E nós, a igre­ja, somos res­pon­sá­veis por tor­nar con­cre­to esse sonho de Deus. Por meio da ação mis­si­o­ná­ria da igre­ja, deve­mos empre­gar todos os nos­sos esfor­ços para sina­li­zar e tes­te­mu­nhar a mai­or den­si­da­de pos­sí­vel des­se Rei­no no lugar onde esta­mos, na vida das pes­so­as que nos cer­cam e nas estru­tu­ras das quais faze­mos parte.

Caso você este­ja em dúvi­da sobre a dire­ção que vamos tomar como igre­ja, a res­pos­ta é esta: vamos cami­nhar para a con­cre­ti­za­ção do Rei­no de Deus na Ter­ra. Esta é, por­tan­to, a visão do Senhor para Sua igre­ja e tam­bém a dire­ção pas­to­ral para nos­sa igre­ja local.

Deve­mos viver uma vida cris­tã a par­tir das prá­ti­cas espi­ri­tu­ais mais bási­cas, que são o estu­do da Pala­vra, a ora­ção e a comu­nhão; a vida cris­tã nos leva a cami­nhar em dis­ci­pu­la­do e nos desa­fia a fazer­mos dis­cí­pu­los para Cris­to; o dis­ci­pu­la­do nos trans­for­ma, nos aper­fei­çoa e nos san­ti­fi­ca; con­se­quen­te­men­te, somos leva­dos a sina­li­zar pes­so­al e comu­ni­ta­ri­a­men­te o Rei­no de Deus.

Vamos todos(as) orar, inves­tir e agir para que o Rei­no de Deus seja sina­li­za­do por nos­sa comu­ni­da­de. E que isso ocor­ra como resul­ta­do de uma vivên­cia de dis­ci­pu­la­do que dese­ja gerar mui­tos fru­tos, para a gló­ria de Deus!

Pr Tiago Valentim

Do ami­go e pastor,
Rev. Tia­go Valentin

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