A benção da paternidade

Diz o dita­do que a gen­te apren­de a valo­ri­zar nos­sos pais quan­do temos nos­sos pró­pri­os filhos. Par­ti­cu­lar­men­te, essa pre­mis­sa se fez ver­da­de em minha expe­ri­ên­cia como pai. Não que eu não res­pei­te ou não valo­ri­ze meus pais, mas, quan­do temos que cor­rer com nos­so filho para um hos­pi­tal, por exem­plo, per­ce­be­mos quan­to esfor­ço nos­sos pais tive­ram que des­pen­der para zelar por nos­so cres­ci­men­to e desenvolvimento.

Esse um ano e cin­co meses de pater­ni­da­de me con­fir­ma­ram o quan­to meus pais foram aben­ço­a­do­res para comi­go. A pater­ni­da­de não é uma daque­las coi­sas sobre as quais a gen­te pode dizer para os outros: “Ah, eu sei o que você está sen­tin­do”. Só sabe o que é ser pai quem o é de fato.

Deus, ao envi­ar Seu Filho ao mun­do, tam­bém “sen­tiu na pele” o que é ser pai. A trin­da­de reu­ni­da para nos cri­ar deci­diu que tería­mos seme­lhan­ças com ela, e essa é, sem dúvi­da, uma das seme­lhan­ças mais mara­vi­lho­sas que temos com o Cri­a­dor: a capa­ci­da­de de, con­jun­ta­men­te com uma mulher, dar­mos a vida a outro ser.

Pode­mos dizer que ser pai é algo divi­no, um atri­bu­to que só os seres huma­nos pos­su­em. Os outros ani­mais, por serem irra­ci­o­nais, não exer­cem a pater­ni­da­de ou a mater­ni­da­de, mas ape­nas seguem seu ins­tin­to. Os machos fecun­dam e as fême­as cri­am. Não vou entrar aqui no méri­to da dis­cus­são sobre se ani­mais desen­vol­vem ou não sen­ti­men­tos. O fato é que a Bíblia diz que ape­nas o homem e a mulher foram fei­tos à ima­gem e seme­lhan­ça do Cri­a­dor (Gn. 1.26). Por isso, ser pai não é ser ape­nas o pro­ge­ni­tor, mas aque­le que ama seu filho. Deus não só gerou Seu Filho, por obra do Espí­ri­to San­to, como tam­bém O amou. Jesus se sen­tia tão ama­do pelo Pai que todas as Suas pala­vras e ati­tu­des trans­mi­ti­am esse amor eterno.

Infe­liz­men­te, para alguns o pai não pas­sa de seu pro­ge­ni­tor, pois não podem ou não pude­ram des­fru­tar de uma rela­ção entre pai e filho(a) base­a­da em amor. Mas, quan­do enxer­ga­mos Deus como Pai, temos a chan­ce de trans­for­mar nos­sa rela­ção com nos­so pai ter­re­no, pois enten­de­mos que, ain­da que ele tenha come­ti­do falhas ou não tenha sido o melhor mode­lo de pai para nós, Deus supre todas as nos­sas neces­si­da­des e pode­mos então olhar para nos­so pai e amá-lo com a mes­ma mise­ri­cór­dia que Deus, o Pai, tem para conosco.

Aci­ma de qual­quer fili­a­ção huma­na, temos a cer­te­za de que somos filhos e filhas de Deus. A pro­va dis­so é o fato de Ele ter nos ama­do a tal pon­to que nos deu seu filho uni­gê­ni­to (Jo. 3.16) para que tivés­se­mos a con­di­ção de ser ado­ta­dos como Seus filhos e filhas. Só um pai é capaz de amar assim.

Que nes­te dia todos os filhos e filhas pos­sam pedir a Deus que reno­ve o res­pei­to, o cari­nho, a admi­ra­ção e o amor que têm por seus pais. E que os pais pos­sam agra­de­cer a Deus o pri­vi­lé­gio de serem por­ta­do­res da ben­ção da pater­ni­da­de, pela qual, por meio da gra­ça e da mise­ri­cór­dia de Deus, podem con­ti­nu­ar a mani­fes­tar o poder cri­a­dor do nos­so Senhor. Que, a exem­plo de Jesus e de Seu Pai, pos­sa­mos viver em amor! Feliz Dia dos Pais para nós!

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e esti­ma paternal,
Pr. Tia­go Valentin

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