Que amor é esse?

Nin­guém tem mai­or amor do que este: de dar alguém a pró­pria vida em favor dos seus ami­gos” (Jo. 15. 13)

Tra­di­ci­o­nal­men­te, come­mo­ra­mos em 12 de junho, no Bra­sil, o Dia dos Namo­ra­dos. A data foi cri­a­da para impul­si­o­nar o comér­cio e esco­lhi­da por ser vés­pe­ra do Dia de San­to Antô­nio, tido como casa­men­tei­ro. Outras par­tes do mun­do tam­bém têm o seu Dia dos Namo­ra­dos, que eles cha­mam de Dia de São Valen­tim (Valentine’s Day, nos paí­ses de lín­gua ingle­sa) e é come­mo­ra­do em 14 de fevereiro.

Valen­tim era um bis­po cató­li­co que viveu no sécu­lo III. Nes­sa épo­ca, o Impé­rio Roma­no havia proi­bi­do a rea­li­za­ção de casa­men­tos em perío­dos de guer­ra, por acre­di­tar que os sol­tei­ros se saíam melhor nos com­ba­tes. Mas Valen­tim se opôs a tal deter­mi­na­ção e pas­sou a rea­li­zar as cerimô­ni­as secre­ta­men­te, em prol daque­les que se ama­vam e que­ri­am cele­brar sua união. Por essa razão, ele foi deca­pi­ta­do em 14 de feve­rei­ro de 270. É por isso que alguns paí­ses pas­sa­ram a fes­te­jar nes­sa data a pai­xão dos enamorados.

Conhe­ce­mos mui­tas his­tó­ri­as român­ti­cas e de amo­res impos­sí­veis, mas nenhu­ma his­tó­ria de amor se com­pa­ra à da sal­va­ção em Cris­to. Não exis­te pro­va de amor mai­or do que a que Deus deu por toda huma­ni­da­de, entre­gan­do seu úni­co Filho para lhe dar a sal­va­ção: “Por­que Deus amou ao mun­do de tal manei­ra que deu o seu Filho uni­gê­ni­to, para que todo o que nele crê não pere­ça, mas tenha a vida eter­na” (Jo. 3.16).

Dife­ren­te­men­te do amor vivi­do por nós, seres huma­nos, o amor de Deus é altruís­ta, radi­cal e irre­ver­sí­vel. Ele nos ama sem espe­rar abso­lu­ta­men­te nada em tro­ca. E esse amor não faz acep­ção de pes­so­as; todos(as) são amados(as) indis­tin­ta­men­te com a mes­ma inten­si­da­de. E não há nada que pos­sa­mos fazer para mere­cer ou mudar esse amor; Deus sem­pre nos amou e sem­pre nos amará.

A nós só nos cabe res­pon­der afir­ma­ti­va­men­te ao gra­ci­o­so amor de Deus e, prin­ci­pal­men­te, per­mi­tir que ele trans­bor­de em nos­sa vida de tal manei­ra que tudo o que pen­sar­mos, fizer­mos ou falar­mos trans­mi­ta esse sen­ti­men­to. O mun­do está caren­te de amor, mas não aque­le des­car­tá­vel e volú­vel que é apre­sen­ta­do e ven­di­do nas tele­no­ve­las ou nos fil­mes hollywo­o­di­a­nos. O mun­do pre­ci­sa é de um amor que ver­da­dei­ra­men­te dê sen­ti­do à exis­tên­cia das pes­so­as e mos­tre a cada uma o valor que o Cri­a­dor dá à sua vida. Não há nada de erra­do em que­rer sen­tir-se ama­do por outra pes­soa, espe­ci­al­men­te no dia de hoje. Con­tu­do, o mais impor­tan­te amor que temos de sen­tir todos os dias é o que vem do cora­ção de Deus.

Que nós, como igre­ja, pos­sa­mos bus­car viver e expres­sar inten­sa­men­te esse amor, den­tro e fora das qua­tro pare­des do tem­plo, com ati­tu­des que às vezes nos pare­cem peque­nas, mas podem sig­ni­fi­car bas­tan­te para quem não rece­be um abra­ço ou um bei­jo há mui­to tem­po. “Se alguém dis­ser: Amo a Deus, e odi­ar a seu irmão, é men­ti­ro­so; pois aque­le que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”. (I Jo. 4.20).

Que a pre­sen­ça de Deus pos­sa ser tes­te­mu­nha­da e evi­den­ci­a­da em nos­sas vidas pela vivên­cia de um amor puro, ver­da­dei­ro e transformador.

Pr Tiago Valentim

Com cari­nho e amor,
Pr. Tia­go Valentin

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